Caiu como uma bomba o anúncio do prefeito de Porto Velho (RO), Hildon Chaves (PSDB), ao governador terrivelmente bolsonarista, coronel PM Marcos Rocha (UB). Um anúncio que teve o efeito da ingestão de uma cerveja Cristal. Não desceu redondo e a ressaca foi inevitável. Noves fora os comissionados, a maioria dos servidores públicos não viu com bons olhos a nefasta união com um seguidor das pautas de Bolsonaro como agressão ao meio ambiente, liberação de garimpos ilegais no rio Madeira e redução de áreas de proteção ambiental. Mais do que isso, o governador de Rondônia tratou mal servidores públicos estaduais, sobretudo os da saúde.
A adesão de Hildon Chaves será mais maléfica ao governador do que a ele próprio. Dizem até à boca pequena que, na verdade, essa é uma estratégia de Hildon Chaves. Que ele está no jogo da sucessão e que vai dar nova declaração em abril, no último minuto do prazo para desincompatibilização.
Os silêncios ensurdecedores do ex-senador Expedito Júnior (PSDB) e senador Marcos Rogério (PL-RO), aliados de Hildon Chaves, denunciam que onde há fumaça há fogo.
Some-se isso às tratativas das federações. O PSDB nacional que já fechou com o Cidadania, busca alianças com diversos partidos não alinhados com Bolsonaro.
Hildon Chaves viajou para Miami (EUA) onde deve passar 30 dias. O retorno dele ao batente no início de abril será coberto de expectativas.
Fonte: Política Federal
Foto: OObservador