A população ainda não tem entendido bem os critérios que levaram os deputados estaduais a tornar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), cidadão do Amazonas. E agora entendem menos o título concedido pela Assembleia Legislativa (ALE-AM) a dois igualmente negacionistas declarados da vacina e dos métodos científicos contra a covid (coronavírus). São eles o senador Marcos Rogério (DEM-RO) e o empresário Luciano Hang, agraciados com o título no último dia 15 de dezembro.
Ambos foram indicados pelo deputado Fausto Júnior (MDB), mas aprovados por 17 e 19, respectivamente, dos 24 membros do parlamento. Só disseram não Serafim Correa (PSB) e Sinésio Campos (PT). Um deputado não e os demais se abstiveram.
Conforme a proposta sobre o empresário Hang, Fausto Jr. argumentou que ele “tem lutado pela transparência na política”. Além disso, segundo o deputado, o seguidor de Bolsonaro demonstrou “indignação com tudo que vem ocorrendo na saúde”.
Cão de guarda bolsonarista
Nem mesmo o líder de Bolsonaro no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), se levantou tantas vezes para contestar as ações da direção da CPI da covid quanto Marcos Rogério.
Ele foi o fiel cão de guarda de Bolsonaro na tentativa de impedir que as investigações avançassem mais sobre o governo, principalmente o presidente. Chegou, nessa missão, a ter embates ríspidos até com o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Não é de pleno conhecimento público que ação direta Marcos Rogério tenha feito em prol dos amazonenses no combate à covid.
Contudo, Fausto Jr. viu no senador muitos méritos para torná-lo Cidadão do Amazonas.
Na avaliação particular de Fausto Jr., Marcos Rogério teve “atuação louvável, com participações e intervenções de extrema importância, principalmente em favor do estado do Amazonas”.
Fonte: BNC Amazonas